Para quem almeja se consolidar verdadeiramente no mercado, o marketing tradicional já não é mais suficiente. Cada vez mais exigentes, os consumidores têm buscado marcas que estejam alinhadas ao seu propósito de vida. Isso significa que a relação do cliente com o que é adquirido vai além do preço e da qualidade. Pessoas compram de marcas que elas confiam, que se posicionam e levantam as bandeiras das mesmas causas, mas sem hipocrisia. Nesse sentido, trabalhar o posicionamento da marca se tornou uma estratégia fundamental.
Muito se fala sobre a importância de otimizar a experiência do usuário. E é neste ponto que o posicionamento da marca se faz presente. A premissa para vender mais e melhor é certamente a qualidade do produto. Um bom atendimento e as vantagens adquiridas também são importantes atrativos nesse processo. Porém, mais do que isso, o consumidor atual quer consumir um item bom, ser bem atendido e ainda ter a certeza de que a empresa corrobora com os seus princípios.
De acordo com a Go Biz, agência de marketing digital, trabalhar o posicionamento da marca nada mais é do que deixar claro para o consumidor, e para potenciais clientes, o que a empresa acredita. “Da mesma forma que os seres humanos se aproximam um dos outros de acordo com as suas crenças, características e ideais, a proximidade com as marcas também ocorre assim. Essa é a essência da humanização do atendimento”, explica Ricardo Domingues, COO da empresa.
O zelo pelo meio ambiente, manifestações contra o racismo e a homofobia são exemplos de causas pelas quais as pessoas se identificam. Domingues afirma, porém, que isso não pode ser apenas dito e não praticado. “Mais do que dizer, é fundamental que a empresa exerça esse papel. Nesse campo, a hipocrisia não tem vez. A melhor maneira de realizar um posicionamento da marca coerente é explorar o que a empresa tem e que há identificação com o público e não o contrário”, pontuou. Uma prática mal vista, por exemplo, é dizer que respeita o meio ambiente e utilizar materiais poluentes em seu processo de produção.
Na visão do gestor, isso significa que de nada adianta a empresa levantar bandeiras que não acredita apenas para atrair o público. “Até porque uma hora ela será desmascarada e o que era para ser algo bom se tornará um pesadelo”, afirma o COO da empresa. Ou seja, é preciso entender quais as causas que a empresa acredita e estão em consonância com o público. Assim, basta deixá-las explícitas para agregar valor ao que é comercializado.
Muitas empresas não se posicionam por insegurança. Domingues destaca que o primeiro passo para trabalhar o posicionamento da marca é reconhecer em que campo de atuação social a empresa pode fazer a diferença. “Assim, ficará muito mais fácil desenvolver esse trabalho”, reforçou. O empresário também diz que entre as vantagens de se posicionar estão o aumento da visibilidade, da credibilidade e, consequentemente, das vendas.