Os primeiros meses do ano têm como característica a previsão de como determinado ramo do mercado tende a se comportar, de acordo com os resultados do ano anterior. Com o comércio eletrônico não é diferente e ele traz como tendência para 2021 o investimento naquilo que trouxe resultado: as lojas virtuais.
Importante para nortear ações que auxiliem o empreendedor a gerar resultados, a tendência também alinha a concorrência e auxilia indiretamente o consumidor, que passa a receber um serviço com mais qualidade. Além disso, entender o comportamento do consumidor é a chave, inclusive, para a abertura de novos negócios.
A inesperada pandemia impôs um modelo de vida totalmente contrário do previsto anteriormente. Mas, para o comércio eletrônico isso não foi totalmente ruim. Houve um aumento expressivo das compras online, característica que deve permanecer neste ano.
Para a Go Biz, agência de marketing digital, uma das lições que 2020 deixou foi a necessidade da flexibilização do modelo de negócio de acordo com a demanda. “As empresas que rapidamente se adaptaram durante a pandemia foram as que mais obtiveram sucesso”, afirma Ricardo Domingues, COO da agência que também é especialista em implementação de lojas virtuais. E não foram poucas as empresas que tiveram esse olhar. De acordo com o Webshoppers, relatório sobre o comércio eletrônico no Brasil, houve um crescimento de 39% no e-commerce, só no 1º trimestre de 2020.
Foi por conta da necessidade de permanecer em casa que as pessoas se adaptaram às compras pela internet, o que faz dessa ainda uma tendência para 2021. “Aos que estavam resistentes e crentes de que o ano novo traria um panorama diferente, é preciso entender que independentemente da retomada plena do comércio físico, o online já consolidou o seu espaço”, pontuou Domingues. Um estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), aponta que 70% da população pretende comprar mais em sites e aplicativos mesmo com a retomada do comércio.
Com base nessas experiências exitosas, a tendência para 2021 é justamente o investimento no e-commerce. “Porém, mais que ter um comércio online, é momento de entender qual nicho é possível atender e investir nele”, reforça o sócio da Go Biz. Segundo Ricardo, além do que já é comercializado atualmente, novas possibilidades devem ser exploradas. “O home office e as aulas híbridas tendem a permanecer por muito tempo. Nesse sentido, comprar produtos que possam otimizar essas atividades passa a ser uma prioridade para o consumidor”, lembra.
Quando um cliente encontra valor no produto ele se torna indispensável e, por isso, Ricardo recomenda explorar experiências diferenciadas para o cliente, além de garantir a venda de um produto de qualidade. Isso porque além do valor do produto, existem práticas que fazem o consumidor enxergar valor no processo de compra.
“Atualmente existe uma série de opções que podem auxiliar nesse quesito, como um bom atendimento, a entrega de brindes, disponibilização de cupons de desconto e até mesmo promoções. Um site bem estruturado também impacta diretamente na experiência de compra e pode ser decisivo na fidelização do cliente”, finaliza Ricardo Domingues.