Dados da 38ª edição do estudo Webshoppers, da Ebit, apontam um significativo crescimento do e-commerce no primeiro semestre de 2018. De acordo com as avaliações coletadas, a empresa estima que o faturamento do segmento neste ano deverá ser de R$53,4 bilhões, alta de 12% ante 2017. Todos esses dados devem servir de estímulo para os empreendedores que perderam a esperança nas lojas físicas. Ainda há um grande caminho a ser percorrido dentro do mundo virtual e que deve ser explorado de maneira precisa, o que certamente irá impulsionar as empresas.
O acesso à internet tem aumentado consideravelmente e isso favorece a cada dia o crescimento do e-commerce. A ascensão da venda de smartphones, fez com que mais pessoas passassem a navegar e, principalmente, consumir produtos e serviços por meio deles. Assim, um ponto importante de ser analisado é a plataforma pela qual foram realizadas essas transações. Segundo o Webshoppers, mais de 32% das transações do e-commerce foram feitas por meio de dispositivos móveis no primeiro semestre deste ano, alta de 41% ante ao mesmo período do ano passado. No que se refere à classe social, o estudo também aponta que a classe C representa 36% dos consumidores online, enquanto as classes D e E somam 46%. Já as classes A e B, juntas, representam 18%.
Na busca por maior comodidade e velocidade, 10% dos pedidos foram retirados na loja ou em um ponto de acesso, tendência conhecida como omnichannel, em que todos os canais da empresa se convergem com o intuito de atender satisfatoriamente o cliente. Diante disso, a ideia de migrar para uma loja virtual e expandir a empresa deve ir além da variedade de produtos. Os dados que apresentam o crescimento do e-commerce devem servir para pensar estrategicamente naquilo que o mercado pede e que trará facilidades ao consumidor. O prazo e a forma de entrega e pagamento, por exemplo, são questões que precisam ser pensadas de acordo com o público e as possibilidades da empresa, sempre com foco em novas conversões.
A análise do mercado é muito importante para buscar novas oportunidades de negócio. A última Pesquisa Anual do Comércio (PAC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou o considerável fechamento de lojas, queda no salário médio dos empregados e corte de pessoal no segmento do varejo. Isso, nada mais é do que o reflexo do fraco desempenho do setor em 2016, quando foram coletados os dados, o que se estende até os dias atuais. De acordo com a pesquisa, o faturamento foi de 4,74% a menos que em 2015, com uma perda líquida de 44.103 empresas (2,8%) entre 2015 e 2016. Diante de um cenário preocupante, a busca por alternativas passou a ser fundamental para sustentar uma empresa.
Para a agência de marketing Go Biz, o aquecimento das vendas online aponta para um grande crescimento do e-commerce, que pode ser a chave para empreender com sucesso. “A crise econômica que o país vive tende a desmotivar os empreendedores do varejo. Mas, o marketing digital vem como uma alternativa forte e que pode aumentar consideravelmente a conversão de novos clientes”, afirma a empresa, que reforça a importância de escolher adequadamente as plataformas de e-commerce, bem como utilizar as estratégias certas para chegar até os potenciais clientes.
O Brasil tem um grande potencial econômico e que precisa ser explorado, mesmo diante de uma instabilidade financeira. O crescimento do e-commerce neste primeiro semestre de 2018 atingiu um faturamento de R$ 23,6 bilhões, dados que estimulam o investimento no setor. Mas, não basta simplesmente implantar uma loja virtual, é fundamental que o empreendedor acompanhe os dados do setor e conte com empresas capacitadas para auxiliá-lo nesse serviço, de modo a tomar decisões assertivas.